Matinta Pereira
Esta lenda conta que à noite, um assobio agudo perturba o sono das pessoas e assusta as crianças, e o dono da casa deve prometer tabaco ou fumo: “Matinta, pode passar amanhã aqui para pegar seu tabaco.”
No dia seguinte uma senhora idosa aparece na residência onde a promessa foi feita, para buscar o fumo prometido. Esta senhora se transforma todas as noites numa criatura assustadora e pode ter duas formas: com ou sem asas. A criatura com asas pode se transformar num pássaro e voar ao redor da casa a ser assombrada. A criatura sem asas anda sempre acompanhada de um pássaro, considerado agourento, e identificado como sendo “rasga-mortalha”.
Dizem que quando Matinta está para morrer, pergunta: “Quem quer? Quem quer?”, e se alguém responder “eu quero”, pensando em se tratar de alguma herança de dinheiro ou jóias, recebe na verdade a maldição de ser Matinta Pereira.
Lenda do Açaí
Antes de existir a cidade de Belém, capital do Estado do Pará na Amazônia, uma tribo muito numerosa ocupava aquela região. Os alimentos eram escassos e a vida tornava-se cada dia mais difícil com a necessidade de alimentar todos os índios da tribo.
Foi aí que o cacique da tribo, chamado de Itaki tomou uma decisão muito cruel. Ele resolveu que a partir daquele dia todas as crianças que nascessem seriam sacrificadas para evitar o aumento de índios da sua tribo.
Foi aí que o cacique da tribo, chamado de Itaki tomou uma decisão muito cruel. Ele resolveu que a partir daquele dia todas as crianças que nascessem seriam sacrificadas para evitar o aumento de índios da sua tribo.
Um dia, no entanto, a filha do cacique, que tinha o nome de IAÇÃ, deu à luz uma linda menina, que também teve de ser sacrificada. IAÇÃ ficou desesperada e todas as noites chorava de saudades de sua filhinha.
Durante vários dias, a filha do cacique não saiu de sua tenda. Em oração, pediu à Tupã que mostrasse ao seu pai uma outra maneira de ajudar seu povo, sem ter que sacrificar as pobres crianças. Depois disso, numa noite de lua, IAÇÃ ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua filhinha sorridente, ao pé de uma esbelta palmeira. Ficou espantada com a visão, mas logo depois, lançou-se em direção à filha, abraçando-a. Mas, misteriosamente a menina desapareceu.
IAÇÃ ficou inconsolável e chorou muito até desfalecer. No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira. No rosto de IAÇÃ havia um sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira, que estava carregada de frutinhos escuros.
O cacique Itaki então, mandou que apanhassem os frutos em alguidar de madeira, o qual amassaram e obtiveram um vinho avermelhado que foi batizado de AÇAÍ, em homenagem a IAÇÃ (invertido é igual a açaí).
Com o açaí, o cacique alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu sua ordem de sacrificar as crianças em respeito pela vida.
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